sábado, 12 de fevereiro de 2011

Vida: Escola vs Vida Pós-Vest

   É bom fazermos sacrifícios para conseguir o que queremos, isso mostra o quanto somos batalhadores. Mas precisamos de um objetivo que nos motive a fazer tal sacrifício. No caso de estudar, quando somos crianças ou adolescentes, é passar no vestibular um dia. Quantas vezes já perguntamos à nossa professora: "Professora, para que vamos usar isso na nossa vida?" e recebemos como resposta: "Esse é um assunto que cai muito no vestibular". Eu, pelo menos, já ouvi isso pelo menos uma centena de vezes. Mas e depois do vestibular? O que vejo na educação brasileira é uma lavagem cerebral com o intúito de mascarar para nós a vida real, ao invés de nos ensinar sobre ela. Vejam bem: nos conveceram de que uma prova é importante o suficiente para te fazer estudar mesmo o que te deixa com sono e irritado(a) com o objetivo de nunca mais ver isso na sua vida. Mol, nome das diferentes células durante a evolução, nome dos animais e a que grupo biológico pertence, fórmula estrutural da glicose, estatística, logarítmo, função exponencial... Já parou para pensar quanta coisa inútil (dependendo da sua área)? 
   "Vou estudar isso mesmo não gostando para passar no vestibular". E depois do vestibular? "Depois eu esqueço e não quero ver isso nunca mais".
   Não seria melhor não estudar, então? Eu sei, todo mundo sabe da existência desse problema que eu estou falando, mas todos abaixam a cabeça e aceitam. Então, vamos continuar ralando e fazendo sacrificios por nada. O governo podia fazer alguma coisa, mas, ao invés de substituir o nosso método de ensino por um mais focado na área de conhecimento de cada um, como todo bom país desenvolvido fez, nosso Estado prefere discutir projetos como a inclusão da matéria Língua Esperanto na nossa agenda escolar (não é brincadeira, eles fizeram isso). Mais matéria inútil, mais alienados ficamos, pois, quanto mais precisamos aprender aquilo que não gostamos, mais tempo é necessário sentar a bunda já quadrada na cadeira para estudar muito, ao invés de sair para ver o mundo. Que grande conhecimento estão nos dando. Ensinam coisas que nunca vamos usar na vida, e estudamos cada vez mais essas coisas e vivemos cada vez menos. Deixamos nossa vida passar por conta de matérias inúteis que precisam (ou não) ser estudadas. Que ótima educação. E pior é que estamos convencidos de que é certo fazer isso, por causa de toda a lavagem cerebral feita por  nossos professores.



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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Pensamentos: Palavra # seu significado


    O AMOR É A COISA MAIS IMPORTANTE QUE EXISTE. Não. Isso não quer dizer que eu sou uma menininha romântica que sonha com o casamento perfeito com o cara perfeito. Quis dizer que o mundo está cheio de ódio e que se as pessoas dedicassem um pouquinho do seu tempo a amar e não odiar, todos seriam mais felizes. Viram como as palavras são perigosas? Eu quis dizer amor no sentido de compaixão e união, mas todos, quase que por instinto, concluíram que eu dava valor ao romance e à vida amorosa de casal. Isso me preocupa muito. As pessoas interpretam erroneamente, sem se darem conta, uma porção de palavras muitas vezes ditas por pessoas importantes e levadas a sério. Isso acontece com mais frequência do que se imagina. Por exemplo: você sabia que, na frase “navegar é preciso, viver não é preciso”, da época das grandes navegações, preciso está no sentido de precisão e não no sentido de necessário? Ou que “Adão e Eva” é uma metáfora (reconhecida por estudantes da bíblia)?
    Há também palavras que tinham um certo sentido no passado, mas que, com o tempo, esse sentido mudou. O grande problema é que, alguns dos novos sentidos não são reconhecidos pelo dicionário, embora todos usem a tal palavra naquele novo sentido. Então muitas pessoas acham que, por usarem aquele vocabulário, estão dizendo coisas erradas, e param de usá-lo. E é aí que mora o perigo. As pessoas estão até deixando de fazer coisas por conta desse "pré-conceito" que fazem das palavras.
    O exemplo clássico é o natal. Teoricamente, uma festa religiosa em comemoração ao aniversário de Jesus. Na prática, uma reunião de família e troca de presentes entre familiares. Não que o sentido anterior tenha se perdido, mas se analisarmos a quantidade de pessoas que ainda fazem do natal uma festa religiosa, esse número já será bem pequeno. Então fico surpresa ao sabe que um amigo meu, ateu, se recusa a participar da grande festa no fim do ano por que “Natal” significa uma festa religiosa de culto a Jesus. Vejam bem: ele deixou de receber presentes, de ficar com a família e de promover a união, pois não concordava com a origem da festa. Me digam vocês: as palavras são realmente tão importantes? Valeu à pena o que ele fez?
    Minha mãe briga comigo quando eu digo “foda”. Segundo ela, se eu soubesse o significado verdadeiro de “foda”, eu pararia de usar a palavra. Tento explicar a ela que, nos dias de hoje, se uma coisa é “foda”, isso pode significar que essa coisa é muito boa. Mas ela sempre diz que, na realidade, isso quer dizer algo muito feio. Mesmo sendo óbvio que se eu chamar algo de “foda” eu não vou estar falando mal daquilo, não posso usar a palavra por causa de sua origem. Faz sentido?
    Às vezes é mais sério do que parar de usar uma palavra. Já vi ateus que se tornaram ateus por causa das palavras mal interpretadas da bíbilia. Como se um texto que foi escrito a dois mil anos atrás, por pessoas que falavam sobre o que outra pessoa disse, com a linguagem daquela época e através de parábolas e metáforas, tivesse alguma chase de ser traduzido ao pé da letra. Pior, já vi crentes que viraram crentes por que levaram a bíblia ao pé da letra.
    É preciso se lembrar de que as palavras são apenas um meio de nos comunicarmos. Sendo assim, o que realmente importa é a mensagem que alguém quer passar com elas, e não o significado do dicionário. Lembrem-se disso, e não deixem de fazer nada de importante em suas vidas por conta de má interpretações.

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