segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Livros: The Mokingjay (A Esperança), Suzanne Collins

A Esperança
                               The book
Perfeito - e se não existe livro perfeito, esse é um dos que mais se aproxima disso. O que mas eu poderia dizer de "Mokingjay" ("A Esperança", na versão brasileira)? Que Suzanne Collins achou uma forma de unir todos os elementos de uma guerra, mas conseguindo fazer uma linguagem leve, para tornar seu profundo livro não tão pesado. Que os personagens continuam impecavelmente complexos como nos dois livros anteriores, e, com a conclusão da saga, finalmente os entendemos (bem, quase todos). A autora mostrou uma bem bolada visão da influência da mídia em guerras, bem como as mil faces de uma guerra. Tentarei mostrar aqui o que foi de fato essa ótima trilogia, e porque a saga vai ficar inesquecível em todos os seus deliciosos detalhes.
A conclusão mais óbvia que cheguei ao terminar de ler foi que o primeiro livro fala sobre a influência da mídia em ditaduras, o segundo sobre a influência da mídia em revoluções, e o terceiro sobre a influência da mídia em guerras. Essa mostra de influências é feita a partir de uma estória fictícia centrada em uma garota que, por sua humanidade e impulsividade (e por que não teimosice?), se tornou o alvo de marketing de rebeldes em uma ditadura. Explicando: tudo começa quando essa menina, mais uma faminta do distrito mais pobre da ditadura Panem, se voluntaria para tomar o lugar da irmãzinha nos mortais Jogos Vorazes da Capital. A partir daí os olhos dos que queriam se rebelar contra a ditadura da Capital começaram a voltar-se para ela. E foi só uma questão de tempo para os futuros rebeldes notarem o fato: que era esse comportamento, humano e teimoso, de Katniss o que eles precisavam despertar no povo de Panem, para que este se rebelasse. Após esse conhecimento, Katniss é "usada" sem dó durante toda a trilogia pelos revolucionários. Citando apenas alguns nomes: Cinna, Haymich, Coin, Plutarch... E pelo Peeta. Separo-o pois ele não é rebelde e nunca foi (eu acho...), mas foi o que mais "usou" a Katniss em primeiro momento. Mas falaremos sobre personagens depois. Suzanne Collins mostrou saber o que é feito para atingir um determinado público, com a mostra de o que foi feito com Katniss. O que encontramos nos livros é o desenrolar de toda a "utilização" da protagonista: o efeito que o humanismo tem em um povo em más condições, o quanto os conflitos de poder podem esconder seguredos, o quão bom e o quão ruim pode a mídia ser. Porém, não se enganem: apesar de toda essa "utilização" da personagem, nem sempre isso é sinônimo de indiferença das pessoas para com Katniss. Percebemos no livro que muitos dos que a "usaram" realmente gostavam da menina, mas todos entendiam que isso era necessário, até a própria Katniss, depois de certa zanga... Os livros, pois, são uma mistura de sentimentos humanos e o que isso causa nas pessoas, mídia, e táticas de controle de poder.
      Falando um pouco especificamente do terceiro livro. O fato de os personagens estarem em uma guerra e tantas pessoas morrerem durante a obra inteira definitivamente influenciou no comportamento de todos. Sinto que eles ficaram ainda mais tristes. Muitos começaram a enlouquecer, por diferentes motivos. Isso revelou um outro lado de certos personagens. Ficamos conhecendo mais a fundo o Gale e Finnick, que aparecem mais nesse livro. Fiquei meio surpresa com a crueldade que Gale pode demonstrar algumas vezes, e foi percebível que ele e a Katniss são um pouco mais diferentes do que eu imaginava. Sempre achei os dois muito farinha do mesmo saco, mas em certos pontos da narrativa eles se mostraram muito diferentes (Leitores, preparem-se para descobrir que, diferente da Katniss, Gale tinha vida social :O Choquei).
      Aproveitando que estamos falando de personagens, quero fazer uma análise dos mesmos, pois muitos são inesquecíveis.
A começar com a própria Katniss. A saga é narrada por ela, o que, por si só, já é interessante. Ler um livro narrado por uma personagem que consegue ser - ao mesmo tempo - entediada e cheia de coisas para fazer, triste e feliz, anti-social e carinhosa, bicho do mato e simpática, amorosa e odiosa, heroína e assassina, violenta e pacífica, e por aí vai, dá um pouco de dor no cérebro. Parece um tanto contraditório, mas ela faz sentido. Mas até que se entenda a mente de Katniss é necessário pensar por horas e horas, talvez por isso o livro é tão viciante. Além disso, foi interessante ver uma personagem tão impulsiva ser controlada durante a obra inteira (mas adianto que foi ela que tomou a decisão no segundo final).



      Competindo em iguais posições pelo primeiro lugar em dificuldade em entendimento, temos o Peeta. Talvez ele ainda vença. Ele foi o único personagem ao qual eu não consegui decifrar após o fim do último livro. Os motivos pelo qual "usou" e ao mesmo tempo ajudou Katniss ainda são um mistério para mim. Minha teoria é que Peeta viu nela uma chance para ele mesmo sobreviver (escondendo-se atrás dela) no primeiro momento; mais tarde querendo apenas manter a própria Katniss viva, já que ele desiste de sua própria vida em vários pontos da narrativa, e tendo em vista que o garoto está apaixonado pela protagonista. Mas as interpretações variem de leitor para leitor. O fato é que, independente do porquê, ele arrumou um jeito de exaltar a menina de uma forma bem brilhante. Com sua boa mente de estrategista de marketing, ele apenas percebeu o óbvio: que não importa as regras do jogo, não importa o quão mortal ou cruel seja, os Jogos Vorazes ainda era um reality show. E, como todo o reality show, o que importa é a novela. E, apenas com novela, ele conseguiu convencer a todos a fazer o que ele queria. Peeta foi um grande ator, o que foi bom para as estratégias dele. Mas isso o torna difícil de ser entendido, pois nunca sabemos quando ele mente e quando ele fala a verdade. Então muitos fatos sobre quem era o Peeta de verdade ficaram confusos. Ele atua o tempo todo, até que ele mesmo não saiba mais se o que fala é mentira ou não. Algo que Peeta me "ensinou" - se posso dizer assim - é que não importa quem você é, e sim o que as pessoas (ou câmeras) acham que você é. Há um toque de Hittler nele, algo como "uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade" (medo oO). E, apesar de todo o fingimento, ele consegue ter uma personalidade muito forte, inexplicavelmente. E lembrar que esse personagem tão complexo começou sendo o filho do padeiro metrosexual, se mostrando muito mais do que isso em seguida, mas sem deixar o jeitão próprio visto em primeiro momento. Sem dúvida marcante.
      Cinna foi outro personagem um tanto surpreendente. Sua mente não é tão difícil quanto à dos dois mencionados a cima, mas ele também é interessante. Ora, quem diria que um estilista era um "revolucionário desfarsado"? E como foi brilhante todas as as estratégias de marketing que ele teve! É incrível como Collins conseguiu fazer sentido em um personagem que incita revoluções fazendo roupas. Se o Peeta foi o estrategista de marketing oral, Cinna foi o visual. E assim os dois juntos exaltaram a Katniss.
      Quanto ao Gale já falei. Fechado e revoltado como a Katniss, os melhores amigos tinham muita coisa em comum. Mas ele tinha mais ideias, enquanto ela apenas seguia o fluxo. E ideias às vezes podem ser perigosas... E não conto mais por conta de spoilers. Vale ressaltar, também, que a autora conseguiu fazer aqui um retrato perfeito do que chamamos de "melhores amigos" (nesse caso, amigos coloridos, mas, de qualquer forma...). Às vezes chega a assustar como Gale conhece a menina. Faz umas previsões um tanto certas, mas sempre algo dentro do possível (Suzanne Collins é um tanto realista, não escreve nada exageirado).
      Esse é um bom ponto. Foi facinante ver como a autora consegue sempre manter o realismo num livro de caráter distópico. Ela misturou os estilos literários de uma forma que deu muito certo. Vejam como. Sendo "Jogos Vorazes" uma trilogia, personagens importantes não poderiam morrer muito cedo, a ponto de não restarem mais nenhum na história antes da mesma acabar. Porém Collins conseguiu manter o realismo de guerra, usando-se de truques de enredo. Os livros ainda são distopias, o que significa que não falam de um problema específico do presente, e sim de um problema mais amplo. Então não pode ser chamado de realista, já que esta é uma das características do Realismo. Apesar disso, todos os personagens são incrivelmente reais e humanos, já característicos do Realismo. Não acontecem exageiros, caracteristica do Realismo. Não há nenhum acontecimento colocado no texto de propósito, para ajudar no entendimento ou no desenrolar da obra - tudo acontece simplesmente pois coisas acontecem na vida. Realismo. Então por que não chamar "Jogos Vorazes" de distopia realista? Quem sabe Suzanne Collins não inventou um gênero novo?
Difícil dizer, mas que ficou bom ficou.
      Mas há algo que me deixa preocupada sobre essa obra: a escritora mostrou que sabia fazer ná prática o que colocou no livro. Ela achou uma forma de exaltar artificialmente o seu livro, como Katniss foi exaltada pelos rebeldes. Ora, a obra é sobre um tema nem sempre apreciado por jovens (ditaduras e revoluções). Isso levou Collins a apelar um pouco, o que significa que, apesar de todo o caráter de crítica às mídias do livro, ele tem inicio, meio e fim, com toda uma envolvente história de amor e ódio por parte dos personagens. Por exemplo, ela usa alguns clichês muito populares, como triângulo amoroso e teorias apocalíticas. E disso os jovens gostam, até demais. O problema é que, por isso, agora o livro caiu na boca do povo, ficou popular, está se transformando na famosa "modinha", que vai ser confirmada com um filme feito nas coxas que sai em breve. Fico meio triste quando essas coisas acontecem. Pois é uma história com muitos pontos positivos mas que será super acusada de modinhas e clichês. 
      Mas fiz o possível aqui para que esses pontos positivos não fossem esquecidos. A resenha ficou grande, mas pelo menos eu disse tudo. Apesar de ser voltado ao público jovem, a trilogia vale à pena para todos aqueles que esperam de um livro um pouco de tudo: aprendizagem, mostra de sentimentos, boas técnicas textuais e entreterimento envolvente. Quanto a isso, tiramos o chapéu para Suzanne Collins.

domingo, 28 de agosto de 2011

explaining me

Dear readers,
I know I'm not posting very much in the lasts days (weeks, and until months), it's because i'm trying to adapt myself to the new life in Norway. The only way I can join to the culture here is forgetting my first language and trying to just thinking in english, what is very hard to me. I also can't think well because every thing here are so diferent than I was used to, so I'm a bit confuse. That's the reason for I haven't writed to much lasts weeks: I'm so confuse for having ideas for posts. And I'm having no time to read books too, so I can't write reviews.
But please, dear readers, dot forget me. I'll continuous to write and start write more next month, I promise :)
kissis

Me explicando

Queridos leitores,
Sei que não tenho postado muito nos ultimos dias (semanas, e até meses), é porque estou gastando todo o meu tempo livre tentando me adaptar à nova rotina norueguesa. O primeiro mês é muito difícil pois não falamos a língua e é tudo diferente. A única forma de me adaptar à cultura daqui é parando de falar o português por enquanto para tentar aprender a lingua deles, portanto estou meio que fugindo do portugues ultimamente. Tenho tentado até não pensar mais em português, e sim apenas em inglês, o que é bem difícil. Meus pensamentos estão todos confusos e, juntando-se a isso o fato de eu estar em um lugar completamente estranho pra mim, não tenho mais ceteza de nada. Com essa mente confusa fica meio difícil de postar, de ter ideia para os posts. Além de que eu to muito sem tempo para ler, entao fazer resenhas é impossível.
Prometo que continuarei postanto, entretanto, mas pesso a paciência dos meus leitores durante esse primeiro mês, no qual ainda estou toda  confusa e por isso não postarei muito.
Vou continuar visitando todos os blogs de minhas blogueiras amigas, prometo! Só não lhes garanto que farei isso com a mesma frequência que fazia antes :/
beijoss

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Presenting the blog

Hey people! I want to introduce to you my blog, called "Life, Books and Thinkings". As the title says, it is a blog about things that happens in our lives, book reviews and about my thinkings about the world (like filosophies) .Until today, I have written it in portuguese, the Brazil's language, because I'm brasilian. But now I'm living in Norway, and I want norwegian people understand the blog, so now it will be written in english too. The frist post is always in portuguese, and the secund is always in english. With time, it will always be written in norwegian, when I learn the language ;p. Just sorry for the english mistakers, my english is not so well. With time, it will be better of course :). 
Enjoy it!

Blog bilingui

Oi pessoal. Vim informar a vocês que o blog agora vai funcionar um pouquinho diferente. Vou dar um tempo desse país de contradições em que vivemos e me mudar para a Noruega. Durante o tempo que ficarei morando lá e talvez até depois, preciso que meu novo país entenda o conteúdo deste blog. Portanto, agora o ele será escrito em português e em inglês, e talvez posteriormente em norueguês no lugar de inglês (quando eu aprender a falar a língua :p). O  post em português será seguido de sua edição em inglês, ambos contendo basicamente o mesmo conteúdo (não posso garantir que seja exatamente o mesmo conteúdo pois meu inglês não é tão bom ;p, provavelmente será uma edição simplificada). Desculpem-me os leitores brasileiros pois, pela falta de uso, talvez meu português piore, mas vou fazer o possível para manter a escrita bonitinha :D.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Pensamentos: Acorda Caralho!

"O amor era simplesmente tão lindo e ao mesmo tempo tão sofrido! Eu estava apaíxonada por Ele, viveria por Ele, morreria por Ele. E não havia explicação racional para aquele amor. Parece que o destino simplesmente tinha colocado a pessoa certa do meu lado, era como se nós dois fossemos feitos um para o outro. Nada poderia quebrar esse amor de ferro. Caso eu não o tivesse mais, o mundo acabaria. Tinha certeza de que não conseguiria mais ser feliz, pois a felicidade para mim era Ele. Era um amor tão doentio, tão profundo, tão lindo..."

...TÃO OBSCECIVO!! Será que as pessoas não se tocam que isso aí em cima não existe, e, caso existisse, seria uma doença?! Não é saudável você viver em função de uma só pessoa. Aí vem alguém e me diz que a pessoa estaria doente sim, mas estaria doente de amor... Como se, por ser 'de amor', fosse algo bonito... NÃO É BONITO! É horrível. É errado. Como as pessoas gostam de saberem que estão doentes, obscecivas e fora do controle da própria vida?! Isso é absurdo. As pessoas precisam parar de desejar esse sentimento para suas vidas, como se essa alegria temporária de um relacionamento amoroso fosse a verdadeira e única felicidade. Algo que tira sua saniedade não pode ser bom. Precisamos começar a procurar a felicidade em algo que seja mais palpável, menos absurdo e mais belo do que o sentimento aí de cima. Seria ótimo se procurássemos o contrário: estar são, ter consiência e responsabilidade pelos seus atos para não fazer nada de que você se arrependa mais tarde (e não ser irracional!); amar a TODAS AS PESSOAS e, para a pessoa especial com quem se quer ter um relacionamento, apenas sentir uma proximidade maior para com a mesma do que para com o resto do mundo ( e não um amor impossível!); ser racional e pensar na forma mais correta e menos impulsiva de se fazer as coisas, pois impulsividade seria considerada animalesca. Isso sim traria felicidade a alguém. Uma felicidade duradoura, não aquela baseada em uma só pessoa, que, caso acontecesse qualquer coisa com a pessoa, acabaria. Em suma, as pessoas deveriam parar de acreditar que um dia vão conhecer um amor impossível que lhe trará felicidade e começar a serem felizes por elas mesmas. 
Deveriam parar de acreditar em mágica. Pois o tipo de sentimento descrito acima é pura mágica. Acreditar que não existe uma explicação para o tal sentimento também. Tudo no mundo possui uma explicação, desde por que as coisas caem até os sentimentos humanos. Só por que não conhecemos todas as explicações, não significa que elas não existam. Então, como existe uma explicação para o seu amor, pare de culpá-lo por você ser irracional. Ao invés disso, procure parar de procurar desculpas e tentar ser mais racional, para evitar constrangimentos futuros.

Obrigada por ouvirem meu desabafo. Quem não gostou, pode me esculachar nos comentários.

domingo, 7 de agosto de 2011

Pensamentos: Qual dos dois é pior?

Olá, sou um político brasileiro.

Olá, sou um cidadão brasileiro.
 
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Ainda bem que ninguém se importa com leis importantes. Não sei o que faria se se importassem. Acho que deixaria de ser político. Eu nem gosto de trabalhar em leis mesmo. Só estou no emprego de político porque o salário é de R$ 25000,00. Sempre arrumo um jeito de fazer as leis menos complicadas de serem feitas possível. Não faço muita coisa nesse emprego e roubo um pouco dos impostos. Gostava menos ainda desse emprego na época de campanha, que até propóstas tínhamos que apresentar. Sempre contava mentiras. Gosto mesmo é de fazer leis de futebol e copa do mundo.

Ainda bem que o futebol passa na globo aos sábados. Não sei o que faria se passasse em dia de semana. Acho que faltaria à escola para ver. Eu não gosto daquele lugar mesmo. vou porque sou obrigado. Sempre arrumo um jeito de estudar o menos possível. Não presto muita atenção na aula e colo nas provas. Gostava menos ainda da escola quando era mais novo, e éramos até obrigados até a fazer filinhas. Sempre furava as filas. Gosto mesmo é de futebol e micaretas de fins de semana.


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Quando a mídia vai embora, já da para pegar um pouco do dinheiro público para mim. Não há riscos se ela não ver o ato. Com a frequência no trabalho é a mesma coisa. É só dar uma desculpa para a mídia pela minha falta. Quando os problemas chegam, eu fujo o máximo que puder, e até quando não há escapatória eu faço isso. Ganho mais que todos com meu emprego, tenho prioridade em tudo.

Quando a gente passa da polícia, já da para atender o celular no trânsito. Não há riscos se ela não ver o ato. Com bebida é a mesma coisa. É só não deixar a polícia me ver beber e sair dirigindo. Se me pararem no teste do bafômetro, eu sei como achar uma brechinha na lei para me livrar. Quando o sinal está amarelo, eu corro o máximo que posso para passar, e até quando está há apenas pouco tempo vermelho eu faço isso. Passo na frente dos pedestres quando chego em faixas, tenho prioridade em tudo.

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Eu não atendia as necessidades do meu povo e deteriorava a imagem daqueles que me davam problema no senado, para fazê-los impopulares e sem voz facilmente. Alguns até ameaçavam entrar na justiça, mas eu sempre dizia que não tinha importância. Ninguém é punido nesse país que ajudei a criar mesmo.

Eu não pagava meus funcionários como devia em minha empresa e deteriorava a imagem de quem me dava problemas, para demití-los facilmente. Alguns até ameaçavam entrar na justiça, mas eu sempre dizia que não tinha importância. Ninguém é punido nesse país mesmo.


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Eu só faço o que tenho que fazer para me dar bem. Não estou muito preocupado com os outros, desde que eu tenha o que precise. Acredito que o mais importante é eu ter condições de me manter, e fôda-se o resto. Acho que isso é tipo uma filosifia de vida...



E você fala mal de políticos...


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domingo, 31 de julho de 2011

Livros: "O Fazedor de Velhos" - Rodrigo Lacerda

O Fazedor de Velhos
A Vida
O Fazedor de Velhos não é o tipo de livro viciante com ideias loucas. É uma obra que nos falará sobre nosso dia a dia e sobre problemas casuais da vida. Rodrigo Lacerda me conquistou com seu jeito pacato de ver a vida. O livro possui apenas 136 deliciosas páginas e foi editado pela Cosac Naify.
Pedro é um jovem que, como muitos outros da sua idade, está com dificuldade para escolher seu curso superior. Pensava que queria ser historiador, mas não se mostrou compatível o suficiente com seus colegas no curso de história. Mas, se não servia para ser historiador, o que seria, então? Quando a incerteza surgiu em sua cabeça, procurou um velho homem que talvez pudesse o ajudar. Esse velho, Nabuco, com seu jeito estranho e peculiar iria mudar sua vida para sempre.
Foi muito interessante ver a habilidade do escritor de entender os sentimentos humanos. O livro fala muito sobre isso. Afinal, em que trabalho um menino que só gosta de livros e sorvete pode exercer? Que tipo de contribuição ao mundo pode dar cada tipo de pessoa? Será que nós nos conhecemos o suficiente para saber que tipo de contribuição se encaixa no nosso tipo de pessoa? E, se não nos conhecemos o suficiente, quem conhece?
São perguntas como essas que vocês farão ao ler a obra de Lacerda. Além disso, passarão a ver a vida de uma forma muito menos complicada, ao experimentar da simplicidade do autor. Pelo menos, eu passei a ver.
Apenas um detalhe não me agrada no romance: Pedro é muito sem senso crítico, chega a ser irritante em alguns momentos. E ele é apegado demais ao seu jeito de ser, como se não pudesse mudar nunca. Claro que foi interessante conhecer junto com ele sobre a personalidade das pessoas, mas o autor pareceu ignorar o fato de que as pessoas mudam.
Fora isso, recomendo muito o livro, muito pacato e gostoso de ler.

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domingo, 24 de julho de 2011

Livros: "Tão Ontem" - Scott Westerfeld

Tão Ontem
Tão verdade   
Confesso que não dava nada por esse livro, depois do que o autor, Scott Westerfeld, fez com o último livro de sua trilogia "Feios". Pensava, por essa trilogia, que Westerfeld fosse apenas inteligente, mas um escritor qualquer. Todavia ele me surpreendeu e muito com "Tão Ontem". As 316 páginas editadas pela Record são geniais, me fizeram enxergar um mundo oculto por trás do consumo. Tudo o que o autor disse é verdade, e assustador.
    O livro começa bem sem graça e até um pouco fútil. Parece um livrinho que fala sobre moda e pronto. Hunter é um Caçador de Tendências que vê a necessidade de exercer seu trabalho quando vê Jen, uma Inovadora com cadarços de tênis diferentes propíncios a virarem modinha. Os dois acabam se tornando amigos e se envolvendo na busca da chefe desaparecida de Hunter. Mas a partir daí a história deixa de ser bobinha, quando, ao desenrolar da busca pela tal chefe, ficamos conhecendo o mundo das tendências que explicam tudo o que aconteceu através dos séculos na história da humanidade.
    Scott tem a mania genial de catalogar o mundo em tipos de pessoas. Nessa história isso fica claro com a super inteligente pirâmide de consumo. Nessa pirâmide, o escritor divide as pessoas em Inovadoras, Criadoras de Moda, Primeiras compradoras, Consumidoras e Retardatárias. E o grupo curinga dos "Arruaceiros", como ficamos sabendo mais tarde. Só lendo para entender. Mas a questão é que no final da obra você vai estar se perguntando "De que grupo eu sou?" e "Como interágio com as tendências?". Essa questão de "moda" parece boba, mas, como o autor mostrou muito bem, explica a maioria dos acontecimentos da história.
    Além de toda essa genialidade Scott mostrou sua habilidade para escrever. Depois de ler a série "Feios", que é toda em terceira pessoa, fiquei supresa ao descobrir como ele é capaz de escrever muito bem na primeira pessoa. Senti Hunter na escrita enquanto lia. O autor conseguiu criar muito bem sua personalidade e fazê-la influenciar no jeito como o texto é narrado.
    E, diga-se de passagem, o romance entre Hunter e Jen é tão fofinho! Tão realista e por isso mesmo muito fofo!
    Só para não idolatrar demais o Scott Westerfeld, tem horas que a narrativa fica muito lenta e cansativa, enquanto noutras a narrativa é superenvolvente. Ficou meio desigual essa característica no enredo. Além disso é uma obra um pouco confusa. Em parte pois a complexidade do que o autor estava falando era muito grande, então você demora a entender.
    Em suma, é um livro super recomendado a quem aguenta um banho de verdades sobre o mundo de doer a cabeça.

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sábado, 23 de julho de 2011

livros: "Perdida" - Clarissa Rissi

Perdida
Versão Tupiniquim de Crepúsculo
     Era bom demais para ser verdade. Um livro que trata do choque da realidade do século XXI com a do século XIX. E o melhor, se passa no Brasil. Mas é decepcionante. A autora Carina Rissi conseguiu levar o curioso enredo de "Perdida" para o lado romântico-SUPERmeloso. Tive a impressão de que sairia mel das 472 páginas se espremesse, de tão melado que era o livro. Gente, sou a favor de romance, mas aquilo não existe!
      A história começa bem. Uma jovem adulta do nosso século é, para variar, viciada em tecnologia. Sofia possui uma típica vida de uma pessoa do nosso século: corrida e tecnológica. Além disso, ela não acredita em casamentos e amores eternos. Até que, ao ir comprar um novo celular, é atendida por uma vendedora um tanto misteriosa, que a promete dar o que ela mais precisa. Quando Sofia vai testar o celular novo, acaba sendo jogada no século retrasado por ele.
      No começo, o choque de realidades é bem engraçado e interessante, Rissi soube explorar muito bem isso, a pricípio. Imaginem o desespero de Sofia em descobrir que, a apenas dois séculos atrás, não havia banheiro. Nem remédio para enjoo. Nem calcinhas. Nem condicionador. Estava tudo muito divertido, até a história começar a desandar.
      As diferenças de mundos param por aí. Coisas práticas do dia-a-dia diferentes. Não há nada de conflitos de valores, o que significa que Sofia não se manifestou sobre as mulheres não poderem trabalhar (algo que ela costumava a fazer muito no nosso século), sobre o absurdo da escravidão no Brasil (o que, apropósito, a autora resolveu fingir que não existia nesse país), ou sobre o fato de uma mulher ter de viver para o casamento (atitude a qual Sofia reprovava). Tudo isso para manter um tom idealizado e fantástico à narrativa.
      Como se não bastasse, a personalidade da protagonista oscila (ou melhor, se inverte) quando se apaixona por Ian, homem o qual a acolheu. Ela começa a acreditar em amor eterno e em todas as coisas nas quais nunca acreditou anteriormete, tudo de uma hora para a outra.
      E que romance idealizado! Meloso! Aquele Ian não existe! Aliás, ele me lembra muito outro personagem de uma certa saga vampiresca. Vejam bem: gentil, simpático, educado, obsecadamente apaixonado por uma mulher que não é do seu tempo e não pode compartilhar a mesma vida que ele. Estão reconhecendo? A deiferença é que, em "Crepúsculo", a autora soube explorar a diferença de séculos que separava os personagens, com conflitos entre valores do nosso tempo e valores passados. Carina Rissi não soube fazer isso em "Perdida". Ela quis idealizar isso também, sem conflitos. O resultado foi a história mais idealizada e enxarcada de mel que já li.
      No fim, Rissi deu um jeito de transformar essa história supostamente interessante em um conto de fadas absurdo. Tudo baseado numa coisa de destino e pré-destinação não esperada para esse tipo de livro. Me desculpe quem gosta, mas não gosto muito disso de destino. E não achei um livro bem trabalhado. Mas valeu a pena ter lido só para descobrir como as pessoas viviam antigamente.

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